ESTUDANTES DE PEDAGOGIA DURANTE A PANDEMIA (2021):

o que pensam e as perspectivas de futuro da profissão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a866

Palavras-chave:

Formação Inicial de Professores, Pedagogia, Inserção Profissional

Resumo

O objetivo deste artigo é compreender o que estudantes de Pedagogia, que estavam cursando a graduação em 2021 no período da pandemia da COVID-19, pensam sobre a profissão e sobre a sua inserção profissional. A metodologia adotada foi um estudo de campo do tipo survey exploratório-descritivo, cujos participantes foram 40 estudantes de uma Instituição de Ensino Superior, localizada na região do Sul de Minas Gerais, matriculados no Curso de Licenciatura em Pedagogia, nas modalidades presencial e à distância. Utilizou-se como instrumento para coleta de dados um questionário online, aplicado no ano de 2021. Os resultados revelaram uma maior participação de estudantes matriculados nos últimos semestres do curso, com preponderância de idade inferior a 30 anos e que se tornavam os primeiros de sua família a concluírem o ensino superior. São estudantes que auxiliam na composição da renda familiar, que possui, em média, até 4 salários-mínimos. Os estudantes possuem uma compreensão positiva sobre a profissão, percebendo-a como instrumento de mudança social e que podem ser bem remunerados, ainda que entendam que é uma atividade árdua. Ao mesmo tempo, têm como representação de um bom professor, aquele que domina o conhecimento, que é mediador, flexível e que sabe escutar seus alunos. Gostariam de iniciar a atividade profissional na docência da educação infantil, concomitantemente com os estudos em nível de pós-graduação, quer seja lato ou stricto sensu. Por fim, declararam que se sentiam realizados com a escolha pelo curso e mantinham-se com sentimentos positivos em relação a inserção profissional.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Dalete de Souza Maia Vicentini, Centro Universitário do Sul de Minas

Pedagoga e Mestranda do Mestrado em Gestão e Desenvolvimento Regional do Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS-MG.

Gladis Camarini, Centro Universitário do Sul de Minas

Possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Campinas (1981), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1988) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (1995). Pós-doutorado no Laboratoire des Materiaux et Durabilité des Constructions (LMDC) do Institut National des Sciences Apliquées (INSA, Toulouse, França, 1998). Diploma DRIT – Diplôme de Recherche de lINSA de Toulouse em 1998. Pós-doutorado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, São José dos Campos, Brasil, 2008). Pós-doutorado no Instituto de Ciencia e Tecnología del Hormigón (ICITECH), da Escola Politécnica de Valência (UPV) (Valência, Espanha, 2012). Atualmente é professora titular da Fundação de Ensino e Pesquisa do Sul de Minas, Centro Universitário UNIS-MG. Professora aposentada e colaboradora voluntária no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil (área Construção) da Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo. Membro do Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON). Assessora ad-hoc da CAPES, do CNPq, da FAPESP, do FAEPEX-Unicamp. Assessora científica de vários periódicos nacionais e internacionais, assessora científica de eventos. 

Referências

BASÍLIO, M. A. T.; MACHADO, L. B. (2013). O curso de pedagogia: nas representações sociais de estudantes em formação. Revista Profissão Docente, v. 13, n. 28, p. 99–119. doi: https://doi.org/10.31496/rpd.v13i28.571

BRASIL. (2015). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP n. 02/2015, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Brasília, Diário Oficial da União, Brasília, DF, Seção 1, n. 124, p. 8 - 12, 02 jul.

BRASIL. (2017). Conselho Nacional de Educação. Base Nacional Comum Curricular.

DIAS, H. N.; ANDRÉ, M. (2016). A incorporação dos saberes docentes na formação de professores. Revista Internacional de Formação de Professores, v. 1, n. 3, p. 194-206. Recuperado de: https://periodicos.itp.ifsp.edu.br/index.php/RIFP/article/view/433

DUARTE, R. (2004). Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar, n. 24, p. 213-225. Doi: https://doi.org/10.1590/0104-4060.357

FAZENDA, I. (2001). Interdisciplinaridade: dicionário em construção. São Paulo: Editora Cortez.

FORZA, C (2002). Survey research in operations management: a process-based perspective. International Journal of Operations & Production Management, v. 22, n. 2, p. 152-194. doi: https://doi.org/10.1108/01443570210414310

FREITAS, H.; OLIVEIRA, M; SACCOL, A. Z.; MOSCAROLA, J. (2000). O método de pesquisa survey. Revista de Administração, v. 35, n. 3, p. 105-112. Recuperado de: http://www.clam.org.br/bibliotecadigital/uploads/publicacoes/1138_1861_freitashenriquerausp.pdf

GATTI, B. A. et al. (2009). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO. Recuperado de: https://www.fcc.org.br/fcc/wp-content/uploads/2019/04/Professores-do-Brasil-impasses-e-desafios.pdf

GATTI, B; A. et al. (2019). Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília: UNESCO. Recuperado de: https://www.fcc.org.br/fcc/wp-content/uploads/2019/05/Livro_ProfessoresDoBrasil.pdf

HUBERMAN, M. (1992). O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. 2. ed. Portugal: Porto Editora, p. 31-61.

JOSÉ, M. A. M. (2014). Gestão de Sala de Aula I. Taubaté: UNITAU, 2014.

KNOBLAUCH, A.; MONDARDO, G. C.; PEREIRA, F. M. (2013). Perfil dos alunos de pedagogia - UFPR: desafios para a compreensão do aprendizado da docência. Congresso Nacional de Educação – EDUCERE. Vol. 11, pp. 11488-11499.

LOBATO, V. S.; DAVIS, C. L. F. (2019). Saberes e profissionalidade de egressos do curso de Pedagogia das Águas: a formação inicial em foco. Educar em Revista, v. 35, n. 78, p. 167-185. doi: https://doi.org/10.1590/0104-4060.67101

MACHADO, L. B.; DE AZEVEDO, M. F.; FREIRE, S. B. (2013). O “bom” professor universitário nas representações sociais de estudantes de pedagogia. Roteiro, v. 38, n. 2, p. 311-335. Recuperado de: http://educa.fcc.org.br/pdf/roteiro/v38n02/v38n02a06.pdf

MANDÚ, T. M. C.; AGUIAR, M. D. C. C. (2014). A escolha profissional do curso de Pedagogia e as representações sociais dos estudantes. Revista de Administração Educacional, v. 1, n. 2, p.102-114. Recuperado de: https://periodicos.ufpe.br/revistas/ADED/article/download/2332/1874

MENIN, M. S. S.; SHIMIZU, A. M.; LIMA, C. M. (2009). A teoria das representações sociais nos estudos sobre representações de professores. Cadernos de Pesquisa, v. 39, n. 137, p. 549-576. doi: https://doi.org/10.1590/S0100-15742009000200011

NEGOSEKI, C. M. C. (2018). O papel do pedagogo como mediador na/da formação continuada do professor. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná].

NÓVOA, A. (2017). Firmar a posição como professor, afirmar a profissão docente. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 166, p. 1106-1133. doi: https://doi.org/10.1590/198053144843

PERRENOUD, P. (2001). Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza. Porto Alegre: Artmed.

RAUSCH, R. B.; DUBIELLA, E. (2013). Fatores que promoveram mal ou bem-estar ao longo da profissão docente na opinião de professores em fase final de carreira. Revista Diálogo Educacional, v. 13, n. 40, p. 1041-1061. doi: https://doi.org/10.7213/dialogo.educ.13.040.DS11

ROLDÃO, M. C. N. (2017). Formação de professores e desenvolvimento profissional. Revista de Educação PUC, v. 22, n. 2, p. 191-202. doi: https://doi.org/10.24220/2318-0870v22n2a3638

SANTOS, A. C. (2021). Motivação no ensino superior: um estudo de caso com estudantes do curso de Pedagogia da UFAL Campus do Sertão. [Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia), Universidade Federal de Alagoas, Unidade Delmiro Gouveia - Campus do Sertão, Delmiro Gouveia, Maceio].

SHULMAN, L. S.; SHULMAN, J. H. (2016). Como e o que os professores aprendem: uma perspectiva em transformação. Cadernos Cenpec| Nova série, v. 6, n. 1. doi: http://dx.doi.org/10.18676/cadernoscenpec.v6i1.353

SILVA, A. M. T. B.; MAZZOTTI, T. B. (2009). A Física pelos professores de Física: a contribuição da Teoria das Representações Sociais. Ciência & Educação (Bauru), v. 15, n. 3, p. 515-528. doi: https://doi.org/10.1590/S1516-73132009000300005

TARDIF, M. (2002). Saberes docentes e formação profissional. 2 ed. Petrópolis: Vozes.

Downloads

Publicado

2022-05-18

Como Citar

Aranha de Souza, M., de Souza Maia Vicentini, D., Camarini, G., & Ribeiro, S. L. S. (2022). ESTUDANTES DE PEDAGOGIA DURANTE A PANDEMIA (2021):: o que pensam e as perspectivas de futuro da profissão. Revista Ciências Humanas, 15(1). https://doi.org/10.32813/2179-1120.2022.v15.n1.a866

Edição

Seção

Artigo Original