AMBIENTE, MÍDIA E SOCIEDADE: A DIFUSÃO DAS IDEIAS ECOLÓGICAS NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n2.a320

Palavras-chave:

Ecologia e sociedade. Ecologia e media. Ambiente e sociedade. Media, ambiente e política.

Resumo

Analisa a relação entre ambiente e mídia e sociedade, com foco específico na divulgação das ideias ecológicas pelos meios de comunicação no Brasil, no contexto recente (1990-2010), com base no conceito de mediatização como processo social de referência. Isso implica examinar como se deu tal processo do ponto de vista histórico e processual, ou seja, que fatores explicam a hegemonia da mídia no contexto atual como principal meio em termos de visibilidade ambiental no Brasil? O que contribuiu para tal relevância? Quais os impactos da mediatização na configuração do pensamento ambiental e nas suas fontes de informação? Conclui-se que a ampla difusão das ideias ecológicas no Brasil nas últimas décadas se deve a vários segmentos que atuaram em cooperação com os medias, tais como o Estado, a comunidade científica, o empresariado do ramo dos negócios ambientais e o terceiro setor. 

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Antonio Teixeira de Barros, Programa de Mestrado em Ciência Política do Centro de Formação da Câmara dos Deputados (CEFOR)

Doutor em Sociologia. Docente e pesquisador do Programa de Mestrado em Ciência Política do Centro de Formação da Câmara dos Deputados (CEFOR)

Referências

BARROS, A. T. de. Atores e discursos ecológicos no Brasil: Ciência, Estado e Imprensa (1972-1992). Tese de doutoramento. Brasília: Universidade de Brasília, 1999.

BARROS, A. T. de.; SOUSA, J. P. Jornalismo e ambiente. Porto: Edições Fernando Pessoa, 2010.

BOBBIO, N. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

BRAGA, J. L. Mediatização como processo interacional de referência. Texto apresentado no Grupo de Trabalho Comunicação e Sociabilidade, do XV Encontro Anual da Associação dos Programas de pós-Graduação em Comunicação (Compós). São Paulo, 2006.

CARVALHO, I. C. M. Educação, meio ambiente e ação política. In: ACSELRAD, H. (Org.) Meio ambiente e democracia. Rio de Janeiro: IBASE, 1992, p.32-42.

______.A invenção do sujeito ecológico: sentidos e trajetórias em educação ambiental. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001 403f..

CRESPO, S. Uma visão sobre a evolução da consciência ambientl no Brasil nos anos 1990. In: TRIGUEIRO, André (Org). Meio ambiente no século XXI. Campinas; Autores Associados, 2005, p.59-74.

DIEGUES, A. C. O Mito moderno da natureza intocada. São Paulo: HUCITEC, 1998.

DOWNS, A. Up and down with ecology: theissue-attentioncycle. The PublicInterest, [S. l.], v. 28, p.38-50, 1972.

DUARTE, A. A antropologia e o estudo do consumo: revisão crítica das suas relações e possibilidades. Etnográfica. Coimbra, v. 14, n. 2, p. p. 363-393, 2010.

ECO, U. Cinco escritos morais. São Paulo: Record, 2010.

ESTERCI, N.; FERNANDEZ, A. O legado conservacionista em questão. Revista Pós Ciências Sociais v.6, n.12, 2009. Disponivel em:http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/viewFile/50/37

FERNANDES, A. A construção da ciência no Brasil e a SBPC. Brasília: EdUnB, 1990.

FERREIRA, L. Idéias para uma sociologia da questão ambiental . São Paulo: Annablume, 2006.

GARCIA, R. Sobre a Terra. Lisboa: Público, 2004.

GERBNER, G. et al. Growingupwithtelevision: thecultivation perspective. In: BRYANT, J; ZILMAN, D. (Org). Media Edffects: advances in theoryandresearch. Hillsdale: Laurence ErlbaunAssociates,1994, p.17-41.

GOFFMAN, E. Frame Analysis: na essayontheorganizationofexperience. Michigan: Harper &Row, 1974.

GUIMARÃES, Roberto P. Ecopolitics in thethird world: aninstitutionalanalysisofenvironmen talmanagement in Brazil. Universityof Connecticut, 1986.

HOBSBAWN, E. A era dos extremos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

LEFF, E. Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez, 2002.

LEIS, H. R. (1995). Ambientalismo: um projeto realista-utópico para a política ambiental. In:VIOLA, Eduardo J. et al. Meio ambiente, desenvolvimento e cidadania: desafios para as ciências sociais. São Paulo: Cortez,p.15-43.

MORIN, E. Introducciónal pensamento complejo. Barcelona: Gedisa, 1994.

______. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2002.

ORTIZ, R.A moderna tradição brasileira: cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo, Brasiliense, 1991

PEREIRA ROSA, G. (2006): A Quercus nas Notícias. Porto: Porto Editora.

PETITAT, A. Educação difusa e relação social. Educação & Realidade, Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, v. 36, n. 2, maio/ago., 2011, p.365-376.

RAMOS, L. F. A. Meio ambiente e meios de comunicação. SãoPaulo, Annablume, 1996.

SARTORI, G. Homo Videns: lasociedad teledirigida. Madrid: Taurus, 1998.

SCHMIDT, L. (2003). Ambiente no Ecrã: emissões e demissões no serviço público televisivo. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.

SCHMIDT, L. (1999). Sociologia do ambiente: genealogia de uma dupla emergência. Análise Social, Lisboa, v.34, n.150, p.175-210, out./dez.

SODRÉ, M. A comunicação do grotesco. Petrópolis: Vozes, 1983.

SOUSA, J. P. As notícias e seus efeitos. Coimbra: Minerva, 2000.

SOUSA, C. M. e FERNANDES, F. A. M. Meio Ambiente: limites e Possibilidades.

Disponível em www.jornaldomeioambiente.com.br/jma-cadernos/comunicação.asp, acesso em 11/04/12.

THOMPSON, J.B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 1995.

UNGARETTI, W. N. Empresariado e ambientalismo: análise de conteúdo da Gazeta Mercantil. São Paulo: Anna Blume, 1998.

VIOLA, E. O movimento ambientalista no Brasil (1971-1991): da denúncia e conscientização pública para a institucionalização e o desenvolvimento sustentável. In: GOLDENBERG, M. (coord.). Ecologia, ciência e política. Rio de Janeiro: Revan, 1992.

WOLF, M. Teorias da Comunicação. Rio de janeiro: Martins Fontes, 1995.

Downloads

Publicado

2016-12-29

Como Citar

de Barros, A. T. (2016). AMBIENTE, MÍDIA E SOCIEDADE: A DIFUSÃO DAS IDEIAS ECOLÓGICAS NO BRASIL. Revista Ciências Humanas, 9(2), 126-141. https://doi.org/10.32813/2179-1120.2016.v9.n2.a320